Pai Santana FC. Sim, faria todo sentido falar em Pai Santana Futebol Clube, já que sua imagem está intimamente ligada ao futebol, em especial ao do time do Vasco. Mas, aqui, FC quer dizer Financiamento Coletivo. Através da Benfeitoria, vamos trabalhar para obter os recursos necessários e mostrar que a história do Pai Santana vai além do Vasco, além de sua imagem folclórica e além do próprio futebol.

Se conseguirmos atingir a primeira meta, garantimos no mínimo todo o trabalho de pesquisa, reunião, organização e sistematização de um vasto conteúdo sobre nosso personagem. O qual será composto ainda de dezenas de entrevistas realizadas, algumas delas fora do Rio, para um perfil o mais completo possível e pesquisas em arquivos diversos.

Se atingirmos a segunda meta, o conteúdo terá assegurada sua publicação, ainda que numa tiragem baixa e edição simples. De qualquer forma, isso garante a democratização e circulação de uma história que precisa ser contada e, mais que isso, ser divulgada e conhecida.

E se atingirmos a meta ideal, além de publicado, o conteúdo terá assegurada uma publicação com tiragem, qualidade, acabamento e distribuição à altura da personagem. Seria perfeito lançarmos um livro com boas imagens, qualidade editorial e número suficiente para chegar em todos os lugares.

Por isso, sua colaboração – e também a mobilização de sua rede de amigos para também colaborar – é fundamental. A principal recompensa é o próprio livro, quando lançado (a não ser que cheguemos à primeira meta somente. Aí, viabilizaremos no mínimo a distribuição do conteúdo, por via digital, para os colaboradores). Além disso, faremos o possível para reconhecer o gesto nas redes e no próprio material publicado.

Pode ser também que, no meio do caminho, alguma editora se interesse em publicar o livro. Nesse caso, os valores excedentes serão revertidos em parte para o lançamento e em outra para a distribuição de parte dos exemplares, gratuitamente, em escolas públicas e instituições socioculturais.

Nascido no interior de Minas, negro e pobre, Santana tornou-se ídolo da torcida vascaína e uma referência cultural brasileira. Excelente profissional, carismático e inventivo, Santana remete ao subúrbio, à Umbanda, ao Carnaval e, claro, ao futebol, símbolos populares do país. As ações, basicamente, consistem em pesquisar sua vida e história, com o objetivo de publicar um livro à altura de sua trajetória.

A cada dia, há uma nova descoberta, um novo ângulo para se perceber. E quanto mais se descobre, mais Santana se distancia da imagem de figura folclórica. A trajetória no Vasco é central, mas há um mundo de acontecimentos ao seu redor que é também uma parcela significativa da história do Rio de Janeiro e, por que não?, do Brasil.

As conversas com seus filhos – Reinaldo e Roberto – e a primeira esposa, Dulcinéia; com D. Carmen – segunda esposa, responsável por sua ida para o Vasco – e Nilo, enteado; com ex-jogadores, dirigentes, amigos e técnicos mostraram outros lados desta figura singular, simpática e complexa. Nessas conversas, apresenta-se o Santana familiar, companheiro, disciplinado, obstinado, generoso, humano.

“Seja alguém na multidão”, essa frase foi um dos slogans a que Santana recorreu em sua carreira. No final, tornou-se ele próprio alguém na multidão, alguém que fez – e faz – a diferença no mundo.

Tem muita história. O que já se pode dizer é que o Pai Santana é uma figura assinalada pela grandeza, que diz muito de um Brasil que precisa ser lembrado, que precisa ser narrado antes que desapareça de vez – ou para que não desapareça. É uma história de luta, inspiradora e cativante. E que nos reconcilia com nossa própria história.