Assim como seus brincantes, o Quintal é uma escolinha pequena, que nasceu há pouco tempo. Na verdade, às vezes nem usamos o termo “escolinha”. O Quintal é quintal, mesmo, como aqueles de vó.

E nós somos um grupo de mães e pais que resolveram arregaçar as mangas e encarar um projeto transformador: criar um espaço na região leste de BH onde nossos filhos e filhas pudessem brincar livremente,  tivessem contato com a natureza, fossem cercados de muito carinho e, sobretudo, entendidos e respeitados como os seres autônomos (cada um do seu jeito, cada um com as suas diferenças, todos aprendendo juntos!) que são.

O nosso quintal funciona como uma associação sem fins lucrativos, onde todo o dinheiro que entra é investido na manutenção do espaço e na remuneração da equipe. Para mantermos custos mais acessíveis, todas e todos nós, mães e pais, trabalhamos também. A associação funciona por comissões, e tem gente que fica na escola, apoiando a equipe e resolvendo os (muitos, acredite) pepinos do cotidiano, tem gente que organiza projetos e atividades de extensão, como oficinas ou a feirinha de orgânicos, tem gente que pensa e organiza a alimentação, tem gente que cuida do financeiro, da comunicação interna, da comunicação externa, de regar a horta, da manutenção da casa, de acolher novos associados, de receber visitas, de escrever projetos como este, de desenhar espaços, de construir um projeto pedagógico que traduza o que somos e no que acreditamos.

Nosso projeto pedagógico, baseado em alguns pilares fundamentais (preservação da infância, respeito à natureza, alimentação saudável, direito à brincadeira, diversidade e igualdade de gênero são alguns deles) está em construção permanente. Acreditamos na noção de uma escola viva, que vai se transformando de acordo com os desejos e os afetos de todas e todos os envolvidos: mães, pais, educadoras e, principalmente, crianças.  A criança está no centro do nosso olhar e é ela quem nos mostra o melhor caminho para seu desenvolvimento integral e quem nos conduz na tarefa de pensar outros modos de viver a infância: mais lúdico, livre e simples.

Hoje temos 32 crianças, de 0 a 3 anos, brincando no Quintal da Leste no turno da tarde. Mas como o nosso não é um quintal de fundos, queremos que ele esteja em conversa com a rua e que possa ser mais aberto, ganhando a generosidade de uma praça. Queremos trocar com a vizinhança e participar da vivacidade do bairro Santa Tereza. Queremos, enfim, que o Quintal seja um pouquinho da cidade, também – de todas e todos.  Nosso projeto, nesse sentido, consiste em disponibilizá-lo para a comunidade no turno da manhã e oferecer bolsas para garantir mais diversidade entre as crianças.

Quando dizemos que arregaçamos as mangas para realizar um projeto transformador não estamos falando só da possibilidade de dar aos nossos pequenos e pequenas a escola em que acreditamos de verdade. O Quintal transformou todos nós enquanto vivência real de construção coletiva, e queremos seguir plantando essas singelas (mas muito potentes) sementes.

Hoje promovemos feiras orgânicas abertas ao público toda terça-feira, projeções de filmes educativos, cursos de horta, mutirões para cuidar do jardim, bate papos sobre amamentação, palestras com o Slow Food, cursos de culinária para crianças, oficinas de dança, yoga, marcenaria e percussão.  Mas queremos mais.

Nosso objetivo é implantar um conjunto de espaços/objetos/ações para expandir as possibilidades de vivência do espaço e do tempo livre, do brincar e da vida comunitária. Queremos relações mais afetivas e solidárias entre vizinhos!

Neste momento, trabalhamos para oferecer duas bolsas integrais para crianças da região. Para viabilizar estas bolsas, tivemos que aumentar o número de alunos pagantes e, para isso, estamos finalizando a construção de uma sala no espaço que costumava ser o nosso caramanchão. A sala nova tem portas dobráveis que permitem uma abertura total para o quintal e um banheiro equipado para crianças. O caramanchão está quase pronto, os novos alunos já chegaram, o processo de seleção dos bolsistas já está em andamento e... a escolinha está no vermelho! Falta agora quitar os gastos que tivemos com as obras. 

Essa é a nossa meta primeira. Se conseguirmos o valor que estamos pedindo para ela, o projeto já pode se realizar e todo mundo ganha recompensas. Caso contrário, todas e todos os apoiadores recebem o dindin de volta. É tudo ou nada!

Mas continuamos sonhando, e sabemos que você vai apoiar. Por isso, estamos prontos para construir o parklet mais divertido de Belo Horizonte (e quiçá do mundo)! Pensamos o nosso parklet playground – O Parkin, como um lugar para a interação e o lazer das vizinhas e vizinhos que estiverem passando ou de quem vier de longe nos fazer uma visita.

Também queremos construir mais brinquedos pro Quintal. Nossa terceira meta é uma espécie de carrinho/carroça! Ele terá dias para uso livre e diversão garantida para crianças pelas ruas de Santê! Além disso, teremos nosso kit de brinquedos de madeira, todo acessível à comunidade, com blocos, pontes, circuitos e muito mais. A ideia é que o processo construtivo desse material aconteça na forma de oficinas de marcenaria e construção. Se chegarmos lá, todos os apoiadores serão convidados!

Prometemos também um evento lindo, uma festa/feira/ação de rua, com nossos parceiros da região. Sim! Comemoremos!  

Somos uma associação sem fins lucrativos, e você pode ter certeza de que tudo que arrecadarmos vai para a escola. Nossas contas são totalmente transparentes, e a comissão financeira faz uma prestação mensal para todos os associados. Essa prestação poderá ser disponibilizada também para os apoiadores.

Aqui você encontra uma descrição esquemática dos gastos.
Lembrando que, além dos valores apresentados, calculamos uma taxa de transação financeira de 5%, a comissão da Benfeitoria, também de 5%, e o custo com as recompensas.

Se ficarmos (hipótese remota) na meta de R$17.000: esse dinheiro vai todo para sanar as nossas contas, quitando os gastos que tivemos com a construção do caramanchão.

Material:

_ Estrutura em madeira: R$ 2.000,00
_ Telha termoacustica: R$ 3.000,00
_ Esquadria metálica: R$ 750,00
_ Vedações: R$ 950,00
_Materiais de acabamento e do banheiro: R$ 2.800,00

Mão de obra

_Empreiteiro: R$ 4.100,00
_Serralheiro: 2.000

TOTAL: R$ 15.600,00

Se ficarmos (hipótese humilde) na meta dos R$27.500: além de quitar o caramanchão, vamos construir, do zero, nosso parklet/parque. Isso quer dizer que nós, mães e pais, vamos nos organizar para conseguir uma licença na prefeitura e... mãos à obra!

_ Projeto e aprovação na prefeitura: R$ 800,00
_ Material: R$ 5.000,00
_ Mão de obra: R$ 3.700,00

TOTAL: R$ 9.500,00

Se chegarmos (hipótese mais provável) à meta dos R$35.000: além do caramanchão e do parklet, vamos construir coisas (como uma carroça de crianças) com madeira. Isso envolve a compra de material e a contratação de um(a) marceneiro(a). A ideia é que a construção seja também uma forma de aprendizado: teremos oficinas de marcenaria e todos os apoiadores serão convidados!

_Madeira: R$ 1.800,00
_Marcenaria: R$ 5.000,00

TOTAL : 6.800