Viver com Yiddish
Que a língua Yiddish seja conhecida e vivida em sua riqueza, com música, literatura e sabedoria!
Projeto por: Sonia Kramer
Sonia Kramer

Este projeto nasce do desejo de atuar na valorização, no conhecimento e no interesse pela língua Yiddish, em especial por crianças e jovens. Cantar, ler, rir, se emocionar, ouvir histórias de outros tempos e espaços, brincar com as palavras, saborear o Yiddishkeit – a cultura Yiddish –, aprender Yiddish. Isso significa participar de um movimento que, hoje, envolve e motiva jovens de várias partes do mundo em inúmeras instituições educacionais e culturais, que fazem do velho o novo.
Bom, você deve estar pensando: Bistu mishuge?
Então, alguns dos nossos objetivos são:
O Yiddish existe há mais de mil anos, formado pela fusão do Hebraico, do Alemão e de Línguas Eslavas. Os falantes do Yiddish viviam em lugares em que circulavam várias línguas e tudo isso contribuiu para tornar a língua plural, criativa, aberta e flexível – presente na produção literária, no teatro, no cinema, na música, nos jornais e na cultura popular.
A gente acredita que é essencial reconquistar a língua e garantir o acesso principalmente dos jovens ao conhecimento e ao reconhecimento da sua riqueza. O Yiddishkeit marca nossa história há mais de mil anos e merece ser preservado, conhecido, produzido, inovado pela geração atual.
A primeira missão é garantir:
Desafio: como formar professores se não existem Cursos com esse objetivo no Brasil?
Plano: duas professoras, estudantes de pós-graduação da PUC-Rio e participantes do projeto, vão fazer do Cursos intensivos de Yiddish no YIVO Institute for Jewish Research, em Nova Iorque:
• Seis semanas
• Horário integral
• Junho a Agosto de 2017
Elas estão motivadas e precisam do curso para mergulhar na língua e na cultura Yiddish e poder oferecer experiências para jovens e crianças assim que voltarem.
As oficinas serão abertas para:
• Crianças até 6 anos
• Crianças de 6 a 10 anos
As oficinas serão conduzidas no Rio de Janeiro pela equipe do projeto – 6 profissionais engajados em ensinar e aprender histórias, músicas dentre canções infantis e clássicos da música Yiddish, poemas e contos infantis, e serão oferecidas em instituições culturais e outros espaços.
----
Além dessas iniciativas, é importante você saber que a nossa equipe já vem desenvolvendo na PUC-Rio outros trabalhos – de pesquisa e divulgação – sobre Yiddish como Resistência. (Para saber mais sobre isso, veja nossos posts na sessão de 'Novidades' – aqui no site da Benfeitoria).
As atividades para 2017 e 2018 estão organizadas assim:
Criamos duas metas para facilitar a concretização do projeto.
Com esse valor, conseguimos viabilizar a primeira viagem de duas professoras para Nova Iorque, onde farão o Curso Intensivo no YIVO Institute for Jewish Research – Realizado pelo The Uriel Weinreich Program in Yiddish Language, Literature, and Culture com a Bard College.
Já conseguimos as passagens – Ot Azoy! –, e esse valor é o mínimo que precisamos para custear os estudos, acomodação, transporte e alimentação durante as 6 semanas de duração do curso.
Ao alcançarmos mais 10 mil reais, além do Curso de Formação das professoras, asseguramos a realização de Oficinas para Crianças por 10 meses [agosto-dezembro de 2017 e fevereiro-junho de 2018]!
Esses recursos serão utilizados para produção do material que será usado nos encontros, transporte de instrumentos musicais, espaço para ensaios, ajuda de custo para os professores e equipe envolvida.
Vamos fomentar a língua Yiddish na cidade. Para isso, queremos criar uma rede de pessoas engajadas e interessadas em realizar esse sonho, que se constrói a muitas mãos. Precisamos da sua ajuda para impactar o maior número de pessoas possível. E é tudo ou nada: caso a meta não seja alcançada, você recebe de volta a sua colaboração.
Divulgar e apoiar o projeto. Tudo é importante.
Pensamos com carinho em recompensas que tivessem conexão com o propósito do projeto, e que fizessem sentido para você, independente do valor que puder contribuir. Além disso, se a campanha for bem sucedida, os apoiadores do projeto serão convidados a colaborar em algumas etapas com ideias e atividades, afinal, queremos que todos sejam parte dessa construção.
As recompensas são formas de distribuir o conhecimento, resgatar a memória e propagar a cultura Yiddish.
• Adesivos
• Cartões postais
• Marcadores de livros
• Ímãs de geladeira
----> Todos esses artigos serão criados exclusivamente para o projeto! Contendo provérbios, ditos da cultura popular, letras de música e sabedoria Yiddish.
Além disso, temos 2 experiências para oferecer (ambas na cidade do Rio de Janeiro):
• Mini-curso "Yiddish e Yiddishkeit" com duração de 4 aulas
• Talk-show ao vivo "Música e Cultura Yiddish"
[Ainda não temos data para a distribuição das recompensas e realização dos encontros. Mas fique tranquilo que divulgaremos por aqui e entraremos em contato com os colaboradores para notificar!]
Estamos motivadas e dedicadas a este projeto. As ideias para o futuro não são poucas.
Após o Curso de Yiddish em 2018, poderão ser abertas oficinas para jovens maiores de 10 anos. Poderão ser criadas mídias e canais específicos para divulgar a língua Yiddish, com materiais impressos e digitais. No horizonte, o retorno do ensino do Yiddish nas escolas judaicas. Sonho que pode ser realidade.
E ele começa com essas duas atividades, que aqui buscamos parceiros e colaboradores.
A formação de professores, aliada à experiência com crianças e jovens irá favorecer uma perspectiva cultural, e com isso o resgate da nossa história e o fortalecimento da identidade. Tornar a língua e a produção cultural Yiddish acessíveis à nova geração, no contexto da cidade do Rio de Janeiro e no idioma local, irá favorecer o conhecimento da língua, da criação literária, artística, cultural.
O tempo é agora e cabe a nós esta responsabilidade.
Zait gezunt un shtark!
Projetos relacionados:
Vídeo comemorativo de 2 anos do Ot Azoy – Dos Iz Yiddish!
Um pouco do que acontece um domingo por mês no Midrash Centro Cultural.
E veja também a Coluna Tshiribim com sobre música Yiddish, no Boletim da ASA
http://asa.org.br/author/soniakramer/
Sobre a língua Yiddish
Em: 19/04/2017 12:56A fuga em massa dos judeus para o Leste Europeu, vindos da França e da Europa Central entre os séculos 10 e 17, fez daquela uma região de extensa população que falava Yiddish, os ashquenazim. A palavra ashquenazi se origina de Ashquenaz, que, no hebraico medieval, designava a Alemanha. O idioma passou a se chamar ídish no século 18, mas antes já era a principal língua falada pelos judeus de cultura ashquenazita.
Estima-se que havia 15 milhões de ashquenazim em 1939, a maioria falante do Yiddish. Dilacerada com o genocídio perpetrado pela Shoá, a língua Yiddish se espalhou por muitos países, devido à migração dos que fugiram ou sobreviveram ao Holocausto. Hoje, entre 1 e 3 milhões de judeus falam Yiddish, a metade nos Estados Unidos.
Mas é a formação e a bonita história da língua ídish que marcam o Yiddishkeit. Trata-se de uma língua criada em um contexto de plurilinguismo interno e externo, como diz Benjamin Harshav. De um lado, os falantes do Yiddish viviam em locais onde se falavam várias línguas. De outro lado, é uma língua de fusão: do alemão (que lhe dá a estrutura e a fonética), do hebraico (alfabeto usado na escrita, e muitas palavras entraram no Yiddish); de línguas eslavas (muitas palavras e expressões no Yiddish).
Daí sua riqueza e abertura para outras línguas: um americano, um francês, um falante de língua portuguesa ou de qualquer outro idioma agrega palavras ao Yiddish na sua conversação informal e mesmo na escrita. Essa riqueza está presente na extensa produção literária ? romances, contos, poemas, peças teatrais ?, nos textos jornalísticos, na cultura popular (sabedoria, provérbios, xingamentos e bênçãos). E na música.
Este projeto nasce do desejo de atuar na valorização, no conhecimento e no interesse pela língua Yiddish, em especial por crianças e jovens. Cantar, ler, rir, se emocionar, ouvir histórias de outros tempos e espaços, brincar com as palavras, saborear o Yiddishkeit – a cultura Yiddish –, aprender Yiddish. Isso significa participar de um movimento que, hoje, envolve e motiva jovens de várias partes do mundo em inúmeras instituições educacionais e culturais, que fazem do velho o novo.
Bom, você deve estar pensando: Bistu mishuge?
Então, alguns dos nossos objetivos são:
O Yiddish existe há mais de mil anos, formado pela fusão do Hebraico, do Alemão e de Línguas Eslavas. Os falantes do Yiddish viviam em lugares em que circulavam várias línguas e tudo isso contribuiu para tornar a língua plural, criativa, aberta e flexível – presente na produção literária, no teatro, no cinema, na música, nos jornais e na cultura popular.
A gente acredita que é essencial reconquistar a língua e garantir o acesso principalmente dos jovens ao conhecimento e ao reconhecimento da sua riqueza. O Yiddishkeit marca nossa história há mais de mil anos e merece ser preservado, conhecido, produzido, inovado pela geração atual.
A primeira missão é garantir:
Desafio: como formar professores se não existem Cursos com esse objetivo no Brasil?
Plano: duas professoras, estudantes de pós-graduação da PUC-Rio e participantes do projeto, vão fazer do Cursos intensivos de Yiddish no YIVO Institute for Jewish Research, em Nova Iorque:
• Seis semanas
• Horário integral
• Junho a Agosto de 2017
Elas estão motivadas e precisam do curso para mergulhar na língua e na cultura Yiddish e poder oferecer experiências para jovens e crianças assim que voltarem.
As oficinas serão abertas para:
• Crianças até 6 anos
• Crianças de 6 a 10 anos
As oficinas serão conduzidas no Rio de Janeiro pela equipe do projeto – 6 profissionais engajados em ensinar e aprender histórias, músicas dentre canções infantis e clássicos da música Yiddish, poemas e contos infantis, e serão oferecidas em instituições culturais e outros espaços.
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Além dessas iniciativas, é importante você saber que a nossa equipe já vem desenvolvendo na PUC-Rio outros trabalhos – de pesquisa e divulgação – sobre Yiddish como Resistência. (Para saber mais sobre isso, veja nossos posts na sessão de 'Novidades' – aqui no site da Benfeitoria).
As atividades para 2017 e 2018 estão organizadas assim:
Criamos duas metas para facilitar a concretização do projeto.
Com esse valor, conseguimos viabilizar a primeira viagem de duas professoras para Nova Iorque, onde farão o Curso Intensivo no YIVO Institute for Jewish Research – Realizado pelo The Uriel Weinreich Program in Yiddish Language, Literature, and Culture com a Bard College.
Já conseguimos as passagens – Ot Azoy! –, e esse valor é o mínimo que precisamos para custear os estudos, acomodação, transporte e alimentação durante as 6 semanas de duração do curso.
Ao alcançarmos mais 10 mil reais, além do Curso de Formação das professoras, asseguramos a realização de Oficinas para Crianças por 10 meses [agosto-dezembro de 2017 e fevereiro-junho de 2018]!
Esses recursos serão utilizados para produção do material que será usado nos encontros, transporte de instrumentos musicais, espaço para ensaios, ajuda de custo para os professores e equipe envolvida.
Vamos fomentar a língua Yiddish na cidade. Para isso, queremos criar uma rede de pessoas engajadas e interessadas em realizar esse sonho, que se constrói a muitas mãos. Precisamos da sua ajuda para impactar o maior número de pessoas possível. E é tudo ou nada: caso a meta não seja alcançada, você recebe de volta a sua colaboração.
Divulgar e apoiar o projeto. Tudo é importante.
Pensamos com carinho em recompensas que tivessem conexão com o propósito do projeto, e que fizessem sentido para você, independente do valor que puder contribuir. Além disso, se a campanha for bem sucedida, os apoiadores do projeto serão convidados a colaborar em algumas etapas com ideias e atividades, afinal, queremos que todos sejam parte dessa construção.
As recompensas são formas de distribuir o conhecimento, resgatar a memória e propagar a cultura Yiddish.
• Adesivos
• Cartões postais
• Marcadores de livros
• Ímãs de geladeira
----> Todos esses artigos serão criados exclusivamente para o projeto! Contendo provérbios, ditos da cultura popular, letras de música e sabedoria Yiddish.
Além disso, temos 2 experiências para oferecer (ambas na cidade do Rio de Janeiro):
• Mini-curso "Yiddish e Yiddishkeit" com duração de 4 aulas
• Talk-show ao vivo "Música e Cultura Yiddish"
[Ainda não temos data para a distribuição das recompensas e realização dos encontros. Mas fique tranquilo que divulgaremos por aqui e entraremos em contato com os colaboradores para notificar!]
Estamos motivadas e dedicadas a este projeto. As ideias para o futuro não são poucas.
Após o Curso de Yiddish em 2018, poderão ser abertas oficinas para jovens maiores de 10 anos. Poderão ser criadas mídias e canais específicos para divulgar a língua Yiddish, com materiais impressos e digitais. No horizonte, o retorno do ensino do Yiddish nas escolas judaicas. Sonho que pode ser realidade.
E ele começa com essas duas atividades, que aqui buscamos parceiros e colaboradores.
A formação de professores, aliada à experiência com crianças e jovens irá favorecer uma perspectiva cultural, e com isso o resgate da nossa história e o fortalecimento da identidade. Tornar a língua e a produção cultural Yiddish acessíveis à nova geração, no contexto da cidade do Rio de Janeiro e no idioma local, irá favorecer o conhecimento da língua, da criação literária, artística, cultural.
O tempo é agora e cabe a nós esta responsabilidade.
Zait gezunt un shtark!
Projetos relacionados:
Vídeo comemorativo de 2 anos do Ot Azoy – Dos Iz Yiddish!
Um pouco do que acontece um domingo por mês no Midrash Centro Cultural.
E veja também a Coluna Tshiribim com sobre música Yiddish, no Boletim da ASA
http://asa.org.br/author/soniakramer/
Sobre a língua Yiddish
Em: 19/04/2017 12:56A fuga em massa dos judeus para o Leste Europeu, vindos da França e da Europa Central entre os séculos 10 e 17, fez daquela uma região de extensa população que falava Yiddish, os ashquenazim. A palavra ashquenazi se origina de Ashquenaz, que, no hebraico medieval, designava a Alemanha. O idioma passou a se chamar ídish no século 18, mas antes já era a principal língua falada pelos judeus de cultura ashquenazita.
Estima-se que havia 15 milhões de ashquenazim em 1939, a maioria falante do Yiddish. Dilacerada com o genocídio perpetrado pela Shoá, a língua Yiddish se espalhou por muitos países, devido à migração dos que fugiram ou sobreviveram ao Holocausto. Hoje, entre 1 e 3 milhões de judeus falam Yiddish, a metade nos Estados Unidos.
Mas é a formação e a bonita história da língua ídish que marcam o Yiddishkeit. Trata-se de uma língua criada em um contexto de plurilinguismo interno e externo, como diz Benjamin Harshav. De um lado, os falantes do Yiddish viviam em locais onde se falavam várias línguas. De outro lado, é uma língua de fusão: do alemão (que lhe dá a estrutura e a fonética), do hebraico (alfabeto usado na escrita, e muitas palavras entraram no Yiddish); de línguas eslavas (muitas palavras e expressões no Yiddish).
Daí sua riqueza e abertura para outras línguas: um americano, um francês, um falante de língua portuguesa ou de qualquer outro idioma agrega palavras ao Yiddish na sua conversação informal e mesmo na escrita. Essa riqueza está presente na extensa produção literária ? romances, contos, poemas, peças teatrais ?, nos textos jornalísticos, na cultura popular (sabedoria, provérbios, xingamentos e bênçãos). E na música.